domingo, 10 de novembro de 2013

Marcel Duchamp


Marcel Duchamp nasceu na França 1887. Foi um dos precursores da arte conceitual e introduziu a ideia de ready-mades (objeto pronto) como obra de arte.  

Começou como pintor impressionista, expressionista e cubista. Nessa fase pintou o quadro 'Nu Descendo Escada', uma sobreposição de figuras que lembra algo de humano. Porém foi como escultor que Duchamp atingiu a fama, deixando a Europa e indo trabalhar nos Estados Unidos, onde encontrou campo fértil para desenvolver sua arte dadaísta (movimento de vanguarda iniciado em Zurique, 1915, por escritores e artistas).Faleceu 2 de outubro de 1968, Nova York (EUA).

Em 1912, Duchamp monta uma roda de bicicleta, sobre um banquinho de cozinha, inventa o ready-mades. Entre 1913-1915 elabora os "ready-made", O conceito do ready-mades parece originar-se da convicção de Duchamp de que a vida é um absurdo, sem sentido. Segundo ele, qualquer objeto torna-se uma obra de arte se o retirarmos do limbo dos objetos indiferenciados, e o declararmos como tal. Duchamp, em outras ocasiões declarou que os ready-mades não eram arte, e sim antiarte, afirmando que nenhuma arte tinha valor. Posteriormente traz, a público, uma caixa de garrafas comprada num armazém parisiense e um urinol - a este último, assinando R. Mutt, e deu o nome de 'Fonte'. Em outro de seus celebres gestos provocativos apossa-se da clássica obra de Mona Lisa e acrescenta-lhe um bigode, cavanhaque e uma inscrição obscena.

Duchamp tornou-se uma lenda ainda em vida. Tanto no cotidiano quanto em suas realizações artísticas, fez mais do que todos os seus colegas para modificar as concepções de arte no século XX. Tentou, sem sucesso, como ele mesmo  reconheceu, destruir a mística do gosto ou desmontar o conceito de beleza estética, e em 1962 disse: "Quando descobri os ready-mades, pensei em desencorajar a estética... Joguei na cara de todos uma caixa de garrafas e um urinol, que são hoje admirados por sua beleza estética".


                                                                Marcel Duchamp


             Obra da Semana: FONTE (1917)

A Fonte é um urinol de porcelana branco, considerado uma das obras mais representativas do dadaísmo na França, criada em 1917, sendo uma das mais notórias obras do artista Marcel Duchamp.
O objeto foi vandalizado em 6 de Janeiro de 2006, no Centro Pompidou, em Paris, por um francês de 77 anos que a atacou com um martelo. O vândalo foi detido logo em seguida e alegou que o ataque com o martelo era uma performance artística e que o próprio Marcel Duchamp teria apreciado tal atitude. A obra sofreu apenas escoriações leves. Em janeiro de 2006, estimava-se que a obra valeria cerca de 3 milhões de euros.

  

http://educacao.uol.com.br/biografias/Marcel-Duchamp.jhtm


 

domingo, 3 de novembro de 2013

Candangos

Bruno Giorgi
Filho de italianos da Toscana, Giorgi nasceu no Brasil, em Mococa 1905, mas logo cedo em 1911, foi para a Itália. Em Roma, entrou por engano naquele curso de escultura e envolveu-se na política – era filho de anarquistas. Participa de movimentos antifascistas. Em 1931, é preso por motivos políticos e condenado a sete anos de prisão.



OBRA DA SEMANA- CANDANGOS
Escultura em bronze, conhecida como “Os Guerreiros” ou “Os Candangos” criada em 1959, possuí 8 metros de altura .Está localizada na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

“Candango” era o nome que os africanos usavam para referir-se a seus colonizadores portugueses, termo pejorativo para um individuo ordinário, ruim. Contudo, no Brasil, a palavra mudou sua conotação, agora se referindo positivamente as pessoas que trabalhavam na construção da capital. Ou seja, Juscelino Kubitschek era um baita “candangão”. Daí o porquê da mudança. Anteriormente “Os Guerreiros”, hoje o monumento é conhecido como “Os Candangos”. Em 1959 a palavra ganhava assim outro estatuto, o de sinônimo de desbravador, de homem que confia no progresso, de brasileiro comum, operário de Brasília. Sobre isso, o próprio Giorgi revelou: “Eu fiz os guerreiros que foram fundidos aqui no Rio de Janeiro. E eu tinha feito uma maquete de um metro e meio ai eles aprovaram, a comissão aprovou, inclusive o Oscar Niemeyer aprovou. Então depois eu ampliei aqui, fiz com 9 metros de altura. Depois tem um pequeno pedestal, depois tem dois elementos que se abraçam que chamam de guerreiro, mas o meu sonho era fazer uma homenagem ao candango. Tanto que depois veio pôr nome de candango. Isso aqui é um monumento aos candangos”.



domingo, 27 de outubro de 2013

Nicola Salvi

Nicola Salvi ou Niccolò Salvi (6 de Agosto de 1697 - 8 de Fevereiro de 1751) foi um arquiteto italiano, famoso pela Fonte de Trevi em Roma, cidade onde nasceu e morreu. Estudou com Antonio Canevari, arquiteto consultor da corte de Portugal. Em 1728, partiu com o seu mestre para Lisboa.
De regresso a Itália trabalhou na concepção de fogos de artifício para a Praça de Espanha, para celebrar "os matrimônios recíprocos entre as coroas reais de Espanha e Portugal".
O seu trabalho no estilo barroco tardio é muito conhecido. Além da Fonte de Trevi, Salvi fez trabalhos em igrejas e na ampliação do Palácio Odescalchi com Luigi Vanvitelli. A dupla também participou na construção da Igreja de São Roque em Lisboa.




Obra: FONTANA DI TREVI





 Em 1730, o Papa Clemente XII organizou uma nova competição na qual Nicola Salvi foi derrotado, mas efetivamente terminou por realizar seu projeto. Este começou em 1732 e foi concluído em 1762, logo depois da morte de Clemente, quando o Netuno de Pietro Bracci foi afixado no nicho central da fonte.
Salvi morrera alguns anos antes, em 1751, com seu trabalho ainda pela metade, que manteve oculto por um grande biombo. A fonte foi concluída por Giuseppe Pannini, que substituiu as alegorias insossas que eram planejadas, representando Agrippa e Trivia, as virgens romanas, pelas belas esculturas de Netuno e seu séquito.
A Fontana di Trevi é a maior fonte barroca de Roma e, provavelmente, a mais famosa do mundo. Projetada por Nicola Salvi e construída em 1735, essa fonte está situada no cruzamento de três ruas e faz parte da história da cidade. Antigamente, era habitual construir uma fonte onde os aquedutos terminavam, como é o caso da Fontana di Trevi, que marca o final do Aqua Virgo, um aqueduto de grande valor simbólico.

Na Fontana di Trevi você também poderá ver a magnífica estátua do deus Netuno, representado sobre um carro em forma de concha puxado por dois cavalos-marinhos, que foi protagonista de várias cenas da história do cinema.

domingo, 13 de outubro de 2013

Hélio Oiticica


Hélio Oiticica (Primeira obra do 4 bimestre)
Pintor, escultor e artista plástico brasileiro (26/07/1937 à 22/03/1980 - Rio de Janeiro)
Hélio Oiticica é filho de José Oiticica Filho (1906-1964), um dos importantes fotógrafos brasileiros, que também era engenheiro, professor de matemática e entomólogo e de Ângela Santos Oiticica (1903-1972). Teve mais dois irmãos (César e Cláudio) nascidos respectivamente em 1939 e 1941.

A educação de Hélio e seus irmãos começou em sua casa, onde tiveram aulas de matemática, ciências, línguas, história e geografia dadas pelo pai e a mãe. Também teve grande influência em sua formação o avô José Oiticica (1882-1957), conhecido intelectual filólogo, professor, escritor, anarquista e jornalista.

No ano de 1947, seu pai, José Oiticica Filho foi premiado com uma bolsa da Fundação Guggenheim. A família se mudou para os EUA (Washington) e seu pai passou a trabalhar no United States National Museum - Smithsonian Institution. Ficam lá por dois anos e Hélio, então com 10, e seus irmãos são matriculados pela primeira vez numa escola oficial (Thomson School). A  aproximação com a arte se deu nessa época. Hélio e os irmãos tinham à disposição galerias de arte e museus.

A família retornou ao Rio de Janeiro, em 1950, e, em 1952, Hélio começou a escrever e a traduzir peças de teatro que encenava em casa com os irmãos. Sua tia, a atriz Sônia Oiticica, passou a o incentivá-lo nessa empreitada.

 
Hélio Oiticica
 
O penetrável 'Tropicália', de Hélio Oiticica: megaexposição em Berlim até janeiro de 2014!


 

TROPICÁLIA (1967)

O cenário tropical era composto de areia, brita espalhada pelo chão, araras e vasos com plantas e uma espécie de labirinto que percorria a tenda principal, às escuras. Ao fundo, o público se deparava com um aparelho de televisão ligado, totalmente contra os padrões tradicionais da escultura e da pintura. Hélio construiu uma obra radical em que a vida e a arte consistiam num só elemento, afirmando o seguinte:

A Tropicália veio contribuir fortemente para essa objetivação de uma imagem brasileira total, para a derrubada do mito universalista da cultura brasileira, toda calcada na Europa e na América do Norte, num arianismo inadmissível aqui: na verdade quis eu com a Tropicália criar o mito da miscigenação – somos negros, índios, brancos, tudo ao mesmo tempo – nossa cultura nada tem a ver com a europeia, apesar de estar até hoje a ela submetida: só o negro e o índio não capitularam a ela. Quem não tiver consciência disso que caia fora.

 

http://educacao.uol.com.br/biografias/helio-oiticica.jhtm

sábado, 7 de setembro de 2013

Aleijadinho


Aleijadinho

Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) nasceu em Vila Rica no ano de 1730 (não há registros oficiais sobre esta data). Era filho de uma escrava com um mestre de obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.
Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continua trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
Na fase anterior a doença, suas obras são marcadas pelo equilíbrio, harmonia e serenidade. São desta época a Igreja São Francisco de Assis, Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões (as duas na cidade de Ouro Preto).
Já com a doença, Aleijadinho começa a dar um tom mais expressionista às suas obras de arte. É deste período o conjunto de esculturas Os Passos da Paixão e Os Doze Profetas, da Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas do Campo. O trabalho artístico formado por 66 imagens religiosas esculpidas em madeira e 12 feitas de pedra-sabão, é considerado um dos mais importantes e representativos do barroco brasileiro.
A obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas estão presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico. Utilizou como material de suas obras de arte, principalmente a pedra-sabão, matéria-prima brasileira. A madeira também foi utilizada pelo artista.
Morreu pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto no ano de 1814 (ano provável). Atualmente, Aleijadinho é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro.




          
 
  Igreja de São Francisco de Assis
 

A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis teve suas obras iniciadas na segunda metade do século XVIII, em 1766, sendo finalizadas na primeira metade do século XIX, em 1810. Ela foi projetada e ornamentada por Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho (passou vinte e nove anos trabalhando nessa arquitetura), e pintada por Manuel da Costa Ataíde, o Mestre Ataíde. Há o predomínio do Rococó na mesma.
 
 
 
 

Curiosidades sobre a Igreja de São Francisco de Assis: 

Exterior da Igreja

Tal construção tem o seu exterior rico em detalhes feitos em pedra sabão, sendo a mais rebuscada dentre todas as outras igrejas da época. No alto da entrada principal há a imagem da Nossa Senhora da Conceição e um medalhão que retrata São Francisco de Assis recebendo as chagas de Cristo. A fachada principal e o corpo possuem forma curvilínea (característica barroca) e as torres são cilíndricas e recuadas, diferentemente das outras igrejas nas quais elas são retas. 

Interior da Igreja

O interior da igreja também é bem detalhado, tendo paredes e tetos revestidos por madeira esculpida e peças folheadas em ouro (era a época do ciclo do ouro no Brasil). Os altares laterais possuem anjos, flores e espinhos. Estes seguem o modelo do Rococó e são pintados em branco e ouro.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_S%C3%A3o_Francisco_de_Assis_(Ouro_Preto)

 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Giuseppe Arcimboldo


Giuseppe Arcimboldo (pronuncia-se Artchimboldo) nasceu em  Milão,no ano de 1527. É considerado um dos mais célebres representantes do maneirismo[i].
Iniciou-se na vida artística aos 22 anos, projetando os vitrais da catedral de Milão, juntamente com seu pai.
Em 1562, Arcimboldo deixou a sua terra e entrou na corte do imperador Rodolfo II, em Praga, onde foi estimado e bem tratado por ele, sendo recebido com grande amabilidade e obtendo um bom salário. Serviu os imperadores como arquiteto, cenógrafo, engenheiro, organizador de festejos e criador de máscaras e fantasias. Os imperadores adquiriram objetos, plantas e animais exóticos vindos de todas as partes do mundo para enriquecer o atelier de arte . Era aí que Arcimboldo estudava cada pormenor dos animais e plantas que utilizava em seus quadros.
 O artista morreu em Milão, no ano de 1593, e seu trabalho caiu no esquecimento por aproximadamente 300 anos, até ser redescoberto pelo Movimento Surrealista, entre os séculos XIX e XX.


                                                               Foto do artista

Obra da Semana: As Quatro Estações

Em 1563, ele produziu a série “As Quatro Estações”. O tema agradou tanto a nobreza da corte que Arcimboldo recebeu inúmeros convites para pintar, inclusive do próprio imperador Rodolfo II.
Suas pinturas mostram composições de frutas, legumes, animais e objetos exóticos que, olhados com atenção, nos permitem entrever figuras humanas.
O toque de mestre do pintor foi utilizar, em cada tela, elementos que correspondessem ao tema retratado; assim, “A Primavera” é composta basicamente por flores, “O Verão”, por frutas próprias dessa estação, “O Outono”, por folhas e frutas dessa época do ano e “O Inverno”, por uma "árvore sem folhas". O mesmo acontece com o restante de sua obra.

                                                               Primavera
                                                                    Verão
                                                                   Outono
                                                                     Inverno

http://www.educacional.com.br/projetos/arcimboldo/galeria.asp



[i] Estilo artístico dos sécs. XVI e início do XVII, sobretudo na pintura, em cujas obras se destaca o aspecto ornamental, o abandono da simetria renascentista e a busca de efeitos estranhos que apontam para a arte moderna, como o alongamento das figuras humanas e as perspectivas inusitadas.
Read more: http://aulete.uol.com.br/maneirismo#ixzz2dSWWS7FS

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Bruno Giorgi


Bruno Giorgi 

Bruno Giorgi (Mococa (São Paulo), 13 de agosto de 1905 1993), foi um escultor e professor brasileiro.
Filho de imigrantes italianos, em 1911 regressa à terra natal e, em Roma, dedica-se à escultura. Na década de 1920, durante o fascismo italiano, Bruno Giorgi torna-se membro da resistência e é preso em Nápoles. Depois de quatro anos,por sua naturalização, é extraditado para o Brasil.
Participa na Guerra Civil Espanhola ao lado dos republicanos, mas, "no interesse da própria luta", permanece em Paris (1937) e frequenta as academias "La Grande Chaumière" e "Ranson", tendo sido, nessa última, aluno de Aristide Maillol, que passa a orientá-lo. Conviveu com Henry Moore, Marino Marini e Charles Despiau.
Em 1939, de volta a São Paulo, integra-se ao Movimento modernista brasileiro ao lado de Vitor Brecheret e Mário de Andrade. Trabalhou com os artistas do Grupo Santa Helena e participou da exposição do grupo Família Artística Paulista. A convite do ministro Gustavo Capanema, em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde instalou ateliê na Praia Vermelha. Faleceu em 1993 no Rio de Janeiro.




Obra da Semana: Meteoro 

A escultura foi produzida com mármore branco de carrara, localizada sobre o espelho d'água em frente ao Palácio do Itamaraty, em Brasília. A obra de arte que foi esculpida entre 1967 e 1968 é montada com cinco partes de uma esfera estilizada, significando os laços diplomáticos entre os cinco continentes.

 
 


 

Curisiosidades: 

Itamaraty


O Palácio do Itamaraty é a sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e tem uma das mais belas coleções de arte de Brasília. Entre elas estão painéis de Athos Bulcão, obras de Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins e Alfredo Volpi. A escultura O Meteoro, de Bruno Giorgi, fica no espelho d'água que rodeia o Palácio e representa todos os continentes do planeta.
 
Características gerais da edificação
O conjunto que abriga o Ministério das Relações Exteriores, conhecido por Itamaraty, compreende três prédios, com uma área construída total aproximada de 75.000 m 2. O Palácio propriamente dito tem a forma quadrada em planta, com 84m x 84m e altura total de 17,56m, sendo 4,27m no subsolo, situando-se na pista Sul do Eixo Monumental, denominada Via S1.

Mármore de Carrara:

Carrara é uma comuna italiana da região da Toscana, província de Massa-Carrara. O mármore de Carrara é famoso desde a Roma Antiga, quando foi utilizado para construir o Panteão. Muitas esculturas do Renascimento, como por exemplo David de Michelangelo também foram esculpidas em mármore de Carrara.
 

              //www.flickr.com/photos/aragao/8110414759/
 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Victor Brecheret


Victor Brecheret (Farnese, 22 de fevereiro de 1894 — São Paulo, 17 de dezembro de 1955) foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes do país. É responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira.

Nasceu numa pequena localidade não distante de Roma, Farmese. Filho   de Augusto Breheret e Paolina Nanni, falecida quando o pequeno Vittotio tinha apenas 6 anos idade.

Embora tivesse nascido na Itália, Brecheret (acrescentou o “c” no seu sobrenome) consolidou a sua nacionalidade brasileira.

Ainda moço frequentou as aulas de entalhe em gesso e mármore do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde mais tarde viria a utilizar o ateliê e seus aprendizes para moldar suas obras. Amadureceu estudando na Europa, onde entrou em contato com as vanguardas artísticas que ocorriam nas décadas de 1910 e 1920.

Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo vinte esculturas no saguão e nos corredores do Teatro Municipal de São Paulo.

Em 1920 ganhou um concurso internacionale de maquetes para a construção de uma grande escultura em São Paulo (o futuro Monumento às Bandeiras). Em 1923 o governo do Estado de São Paulo encomendou-lhe a execução do Monumento às Bandeiras, projeto a que Brecheret viria a se dedicar nos vinte anos seguintes. O Monumento às Bandeiras foi a maior obra de Brecheret e demorou 33 anos para ser construído (1920—1953), localizada na entrada do Parque do Ibirapuera na cidade de São Paulo, capital do estado brasileiro de São Paulo.
 
                                              Victor Brecheret
 

Obra: Monumento às Bandeiras (art déco)
 
A escultura com 240 blocos de granito, cada um pesando aproximadamente 50 toneladas, com cinquenta metros de comprimento e dezesseis de altura, foi inaugurada em 1954, juntamente com o Parque do Ibirapuera para as comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo.
A obra representa os bandeirantes, expondo suas diversas etnias e o esforço para desbravar o país. Além de portugueses (barbados), vemos na obra negros, mamelucos e índios (com cruzes no pescoço), puxando uma canoa de monções, utilizadas nas expedições fluviais.
 

 
 
 Significado de Monção:
Monção (do árabe: موسم (mausim), estação), é a designação dada aos ventos sazonais, em geral associados à alternância entre a estação das chuvas e a estação seca, que ocorrem em grandes áreas das regiões costeiras tropicais e subtropicais.


 

domingo, 26 de maio de 2013

Art Dèco


Art déco foi um movimento popular internacional de design que durou de 1925 até 1939, afectando as artes decorativas, a arquitectura, design de interiores e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema.
O estilo deve o seu nome à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas (em francês: Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes), realizada em Paris, em 1925. Na mostra, nus femininos, animais e folhagens são apresentados em cores discretas, traços sintéticos, formas estilizadas ou geométricas. Muitas peças exibem marcas de civilizações antigas (astecas, maias...)

 

OBRA DA SEMANA: CRISTO REDENTOR

 

A construção de um monumento religioso no local foi sugerida pela primeira vez em 1859, pelo padre lazarista Pedro Maria Boss, à Princesa Isabel.No entanto, apenas retomou-se efetivamente a ideia em 1921, quando se iniciavam os preparativos para as comemorações do centenário da Independência.
A pedra fundamental do monumento foi lançada em 4 de abril de 1922, mas as obras somente foram iniciadas em 1926. Dentre as pessoas que colaboraram para a realização, podem ser citados o engenheiro Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o artista plástico Carlos Oswald (autor do desenho final do monumento) e o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski (executor dos braços e do rosto da escultura).
A cerimônia de inauguração foi no dia 12 de outubro de 1931. Tombado definitivamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2009, o Monumento ao Cristo Redentor passou por obras de recuperação em 1980, quando da visita do Papa João Paulo II, 1990 e 2010.
No dia 7 de julho de 2007, em uma festa realizada em Portugal, o Cristo Redentor foi incluído entre as novas sete maravilhas do mundo moderno. A decisão, após um concurso informal, foi baseada em votos populares (internet e telefone), votação que ultrapassou a casa dos cem milhões de votos. Todavia, o concurso não possui o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que apontou a falta de critérios científicos para a escolha das maravilhas.
A construção do Cristo Redentor, ainda, é considerada um dos grandes capítulos da engenharia civil brasileira. Foi erguida em concreto armado e revestida de um mosaico de triângulos de pedra-sabão originária da região de Carandaí, no estado brasileiro de Minas Gerais (possui 38 m de altura/8 m para a realização do pedestal em estilo Art Dèco).
 

Curiosidade:O monumento aparece em diversas canções, como tema ou citada. Ex.:Alagados, dos Paralamas do Sucesso ("E a cidade que tem braços abertos/No cartão-postal")
https://www.youtube.com/watch?v=iynP6qjOfDI