domingo, 27 de outubro de 2013

Nicola Salvi

Nicola Salvi ou Niccolò Salvi (6 de Agosto de 1697 - 8 de Fevereiro de 1751) foi um arquiteto italiano, famoso pela Fonte de Trevi em Roma, cidade onde nasceu e morreu. Estudou com Antonio Canevari, arquiteto consultor da corte de Portugal. Em 1728, partiu com o seu mestre para Lisboa.
De regresso a Itália trabalhou na concepção de fogos de artifício para a Praça de Espanha, para celebrar "os matrimônios recíprocos entre as coroas reais de Espanha e Portugal".
O seu trabalho no estilo barroco tardio é muito conhecido. Além da Fonte de Trevi, Salvi fez trabalhos em igrejas e na ampliação do Palácio Odescalchi com Luigi Vanvitelli. A dupla também participou na construção da Igreja de São Roque em Lisboa.




Obra: FONTANA DI TREVI





 Em 1730, o Papa Clemente XII organizou uma nova competição na qual Nicola Salvi foi derrotado, mas efetivamente terminou por realizar seu projeto. Este começou em 1732 e foi concluído em 1762, logo depois da morte de Clemente, quando o Netuno de Pietro Bracci foi afixado no nicho central da fonte.
Salvi morrera alguns anos antes, em 1751, com seu trabalho ainda pela metade, que manteve oculto por um grande biombo. A fonte foi concluída por Giuseppe Pannini, que substituiu as alegorias insossas que eram planejadas, representando Agrippa e Trivia, as virgens romanas, pelas belas esculturas de Netuno e seu séquito.
A Fontana di Trevi é a maior fonte barroca de Roma e, provavelmente, a mais famosa do mundo. Projetada por Nicola Salvi e construída em 1735, essa fonte está situada no cruzamento de três ruas e faz parte da história da cidade. Antigamente, era habitual construir uma fonte onde os aquedutos terminavam, como é o caso da Fontana di Trevi, que marca o final do Aqua Virgo, um aqueduto de grande valor simbólico.

Na Fontana di Trevi você também poderá ver a magnífica estátua do deus Netuno, representado sobre um carro em forma de concha puxado por dois cavalos-marinhos, que foi protagonista de várias cenas da história do cinema.

domingo, 13 de outubro de 2013

Hélio Oiticica


Hélio Oiticica (Primeira obra do 4 bimestre)
Pintor, escultor e artista plástico brasileiro (26/07/1937 à 22/03/1980 - Rio de Janeiro)
Hélio Oiticica é filho de José Oiticica Filho (1906-1964), um dos importantes fotógrafos brasileiros, que também era engenheiro, professor de matemática e entomólogo e de Ângela Santos Oiticica (1903-1972). Teve mais dois irmãos (César e Cláudio) nascidos respectivamente em 1939 e 1941.

A educação de Hélio e seus irmãos começou em sua casa, onde tiveram aulas de matemática, ciências, línguas, história e geografia dadas pelo pai e a mãe. Também teve grande influência em sua formação o avô José Oiticica (1882-1957), conhecido intelectual filólogo, professor, escritor, anarquista e jornalista.

No ano de 1947, seu pai, José Oiticica Filho foi premiado com uma bolsa da Fundação Guggenheim. A família se mudou para os EUA (Washington) e seu pai passou a trabalhar no United States National Museum - Smithsonian Institution. Ficam lá por dois anos e Hélio, então com 10, e seus irmãos são matriculados pela primeira vez numa escola oficial (Thomson School). A  aproximação com a arte se deu nessa época. Hélio e os irmãos tinham à disposição galerias de arte e museus.

A família retornou ao Rio de Janeiro, em 1950, e, em 1952, Hélio começou a escrever e a traduzir peças de teatro que encenava em casa com os irmãos. Sua tia, a atriz Sônia Oiticica, passou a o incentivá-lo nessa empreitada.

 
Hélio Oiticica
 
O penetrável 'Tropicália', de Hélio Oiticica: megaexposição em Berlim até janeiro de 2014!


 

TROPICÁLIA (1967)

O cenário tropical era composto de areia, brita espalhada pelo chão, araras e vasos com plantas e uma espécie de labirinto que percorria a tenda principal, às escuras. Ao fundo, o público se deparava com um aparelho de televisão ligado, totalmente contra os padrões tradicionais da escultura e da pintura. Hélio construiu uma obra radical em que a vida e a arte consistiam num só elemento, afirmando o seguinte:

A Tropicália veio contribuir fortemente para essa objetivação de uma imagem brasileira total, para a derrubada do mito universalista da cultura brasileira, toda calcada na Europa e na América do Norte, num arianismo inadmissível aqui: na verdade quis eu com a Tropicália criar o mito da miscigenação – somos negros, índios, brancos, tudo ao mesmo tempo – nossa cultura nada tem a ver com a europeia, apesar de estar até hoje a ela submetida: só o negro e o índio não capitularam a ela. Quem não tiver consciência disso que caia fora.

 

http://educacao.uol.com.br/biografias/helio-oiticica.jhtm